Cartilha oferece apoio e informações para a proteção da pessoa idosa
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), por meio da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (SNDPI), tem publicado a “Cartilha de Apoio à Pessoa Idosa: enfrentamento à violência patrimonial e financeira”, um guia importante para promover o cuidado, o respeito e a proteção dos direitos dessa população.
Recentemente a cartilha foi atualizada com informações sobre os riscos relacionados a jogos e apostas online, uma preocupação crescente que afeta cada vez mais os idosos. Com o avanço da tecnologia e a popularização de plataformas de jogos virtuais, muitas pessoas têm se tornado alvo de golpes e práticas abusivas, seja por desconhecimento das regras ou por questões de vulnerabilidade financeira ou emocional.
Por que é preciso ter cautela?
São várias as plataformas digitais que oferecem oportunidades de apostas em esportes, jogos de azar e eventos diversos. Com a promessa de ganhos rápidos e altos, muitos idosos acabam investindo grande parte de suas economias nessas apostas.
Tenha atenção aos riscos! Vício no jogo: as apostas podem se transformar em um hábito compulsivo, levando à perda do controle financeiro e emocional.
Perdas financeiras significativas: muitos idosos acabam comprometendo suas economias ou se endividando gravemente ao tentar recuperar valores perdidos.
Impacto emocional: a frustração, ansiedade e o estresse gerados pelas perdas financeiras podem causar sérios danos à saúde mental.
Para se proteger , é necessário evitar cadastros precipitados, pesquisando antes a legitimidade do site e evitando plataformas que peçam informações pessoais e financeiras sem garantia de segurança.
Além disso, é importante estabelecer limites claros, nunca investindo mais do que se pode perder, e desconfiar de promessas de ganhos fáceis, que frequentemente são iscas fraudulentas.
Outros tipos de violência patrimonial e financeira
Muitas vezes, os riscos vêm de familiares ou pessoas próximas que se aproveitam da relação de confiança para explorar financeiramente. Dois exemplos comuns:
Venda de bens sem consentimento: um parente pode vender imóveis ou bens do idoso sem sua autorização, alegando motivos como emergências financeiras. Isso é feito frequentemente por meio de ameaças ou manipulação psicológica.
Controle de contas bancárias: outra prática comum é a restrição do acesso do idoso às suas próprias contas bancárias, com familiares gerenciando seus recursos sem transparência e, muitas vezes, desviando o dinheiro para usos próprios.
Bancos e instituições financeiras
As instituições financeiras também podem ser parte do problema. Práticas como ligações insistentes para oferecer empréstimos consignados ou falta de clareza na explicação de serviços são exemplos de violência financeira. Idosos podem ser levados a contratar empréstimos sem compreender plenamente as condições, acumulando dívidas que não podem pagar.
O que fazer em caso de violência patrimonial ou financeira?
É fundamental buscar ajuda por meio dos canais apropriados. Confira abaixo as opções disponíveis para garantir suporte adequado:
Procure uma delegacia especializada: registre um boletim de ocorrência em uma delegacia de proteção à pessoa idosa. Caso não exista uma unidade especializada na sua cidade, procure a delegacia mais próxima.
Denuncie pelo Disque 100: ligue gratuitamente para o Disque Direitos Humanos. O serviço acolhe denúncias, aciona os órgãos competentes e orienta sobre os próximos passos. Você também pode enviar mensagens de texto ou arquivos pelo WhatsApp no número (61) 99611-0100.
Para mais informações, acesse a “Cartilha de Apoio à Pessoa Idosa: enfrentamento à violência patrimonial e financeira”, clicando aqui.