Conheça os principais golpes financeiros e saiba como evitá-los
Com a ampla popularização dos serviços bancários por canais digitais, fraudes e golpes financeiros têm sido cada vez mais comuns. Segundo pesquisa Datafolha, sete em cada dez brasileiros já ouviram falar de pessoas que foram vítimas de golpes em aplicativos.
Essas operações costumam ser tão engenhosas que qualquer pessoa, mesmo estando atenta, pode ser enganada em algum momento. Por isso, é fundamental se informar com objetivo de se prevenir e, caso se torne vítima dessas operações, conhecer as medidas a serem tomadas.
A aplicação dos golpes depende do acesso aos dados pessoais das vítimas, por este motivo os criminosos se dedicam a identificar brechas que os permitam obter essas informações. Confira alguns dos métodos mais comuns para coletar esses dados:
Phishing, o golpe do link falso
Nesta situação, a vítima é induzida a clicar em um link falso, que pode estar disfarçado de diferentes formas como, por exemplo: em um anúncio com uma grande promoção, um e-mail falando da necessidade de realizar uma manutenção da conta, uma mensagem de WhatsApp com uma oferta de emprego, um SMS informando sobre a expiração de pontos do cartão.
Funciona da seguinte maneira: ao clicar no link, a vítima é direcionada para uma página falsa, na qual é solicitado o preenchimento de informações pessoais. Ao fornecer esses dados, a pessoa entrega ao criminoso informações bancárias, senhas, número do cartão de crédito, ou dados pessoais como nome, endereço, telefone e CPF.
Além disso, existe um tipo de phishing no qual o link leva à instalação deum malware, um programa invasivo que é criado para roubar dados ou danificar o celular ou computador da vítima.
Falsa central de atendimento
Nesse golpe, o criminoso simula uma ligação da central de atendimento do seu banco, fundo de previdência ou de outra empresa. Durante a conversa, ele orienta a fazer procedimentos na conta para resolver algum problema – mas, na verdade, trata-se de uma transferência ou pagamento para conta do golpista – ou então ele solicita dados da sua conta, como agência e conta, senhas e código iToken.
Outro argumento que ele usa é informar sobre uma suspeita de fraude por parte do gerente da conta e o orienta a transferir todos os recursos para uma conta segura, que nada mais é que a conta do golpista.
Golpe do WhatsApp
O criminoso se faz passar por uma pessoa conhecida, como um familiar, amigo ou alguém que presta serviço, diz que trocou de número e orienta a salvar o novo contato. Em seguida, ele pede dinheiro emprestado.
Cartão de crédito vazado
Ocorre quando um criminoso obtém acesso aos dados do seu cartão com CVV e faz compras pela internet sem sua permissão.
Boleto falso
O criminoso envia à vítima um boleto por e-mail ou WhatsApp, tentando convencê-la de que tem uma dívida urgente. Esses boletos falsos parecem legítimos, muitas vezes imitando contas comuns como as de energia elétrica ou de água. Caso a vítima pague o boleto, o dinheiro vai para o golpista.
Falsa Restituição do imposto de renda
Neste caso, os criminosos enviam um e-mail falso, supostamente da Receita Federal, solicitando atualização de informações para receber a restituição do imposto de renda. Esses e-mails podem parecer legítimos, contendo dados verdadeiros como nome e CPF.
O e-mail geralmente inclui um link falso que, ao ser clicado, instala um programa malicioso (malware) no dispositivo da vítima para roubar seus dados. Também pode levar a uma página falsa que solicita informações pessoais e bancárias.
Golpe do consórcio
O criminoso tenta convencer a vítima a participar de um consórcio, prometendo uma rápida contemplação. Para aproveitar a suposta oportunidade, ele exige um pagamento ou transferência de dinheiro imediata, criando uma falsa sensação de urgência. Na realidade, o consórcio não existe; trata-se apenas de uma fraude.
Aqui estão algumas dicas para evitar cair em golpes financeiros
A principal dica é: pediu para realizar operação financeira que não estava esperando fazer, solicitou realizar procedimento na sua conta, requisitou compartilhar senha, código iToken ou CVV, promoção ou investimento muito vantajoso? Pense de novo!
Além disso, se atentar a:
– Nunca compartilhar suas senhas com outras pessoas e evite anotá-las em papel ou no celular. Anote sim, mas em aplicativo de gestão de senha ou num caderno destinado apenas a armazenar senhas e guarde-o em local seguro.
– Opte por cartões virtuais ao fazer compras pela internet, pois são mais seguros, já que os dados do cartão virtual são válidos apenas para uma transação.
– Observe qualquer padrão suspeito em contatos recebidos, ofertas imperdíveis ou pedidos urgentes de dinheiro por conhecidos. Confirme a veracidade da situação antes de clicar em links ou realizar transações.
– Verifique a reputação da empresa na internet antes de fazer uma compra.
– Atente-se ao que acontece em sua conta bancária e verifique seu extrato e fatura do cartão de crédito regularmente.
– Desconfie de solicitações de informações pessoais por telefone, pois empresas confiáveis geralmente não pedem esses dados dessa forma.
– Proteja suas informações pessoais, evite compartilhar fotos de cartões de banco ou cartões de crédito e seja cauteloso com dados pessoais nas redes sociais.
Fique de olho! Caso suspeite de alguma ligação ou mensagem recebida em nome da Fundação Itaú Unibanco, procure os canais de atendimento oficiais disponibilizados em no site e relate o caso antes de efetuar qualquer ação que foi solicitada.